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O que é Esquistossomose?

esquistossomose

A esquistossomose é uma doença provocada pelo parasita Schistosoma mansoni, também conhecida como esquistossomose mansônica. Essa infecção é caracterizada pela presença de vermes que invadem o organismo humano, localizando-se principalmente nos intestinos (esquistossomose intestinal) e nas vias urinárias (esquistossomose urogenital), onde se alimentam dos nutrientes do corpo.

Popularmente conhecida como “barriga d’água” e “febre do caramujo”, essa doença ocorre porque o Schistosoma depende de um tipo específico de caramujo de água doce para completar seu ciclo de vida. Esses caramujos são hospedeiros intermediários do parasita e contribuem para a sua disseminação.

De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas onde há risco de infecção por esquistossomose, sendo as regiões mais afetadas o Nordeste e o Sudeste do Brasil.

Caso a esquistossomose não receba tratamento adequado, pode levar ao desenvolvimento de complicações sérias e crônicas, como a cirrose hepática, que pode ser fatal.

A esquistossomose é classificada em duas fases: a fase aguda, que ocorre logo após a infecção, e a fase crônica, que se desenvolve com o tempo. As manifestações e sintomas variam entre essas fases, sendo importante um diagnóstico precoce para evitar agravamentos.

O Ciclo de Vida do Schistosoma mansoni e Como se prevenir

O ciclo de vida do parasita tem início quando seus ovos são eliminados nas fezes de indivíduos infectados. Esses ovos se depositam em ambientes aquáticos, como lagos, rios e açudes, onde podem sobreviver por um tempo considerável. Ao entrar em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas chamadas miracídeos, que são altamente móveis e buscam caramujos de água doce.

Ao penetrar no caramujo, os miracídeos se desenvolvem e se multiplicam, transformando-se em cercárias. Essas cercárias, após um período de desenvolvimento, são liberadas de volta na água em grandes quantidades.

Uma vez na água, as cercárias estão prontas para infectar novos hospedeiros. Elas podem penetrar na pele humana durante atividades aquáticas, como banho, natação ou trabalho agrícola em áreas alagadas. Esse contato é suficiente para que as cercárias ingressem no organismo humano, onde perdem suas caudas e se transformam em esquistossômulos.

Esses esquistossômulos migram para o fígado, onde amadurecem em vermes adultos. Os vermes machos e fêmeas se acasalam e se alojam nos vasos sanguíneos, principalmente do intestino, onde se alimentam de sangue e se reproduzem.

Assim, os vermes adultos eliminam os ovos nas fezes, reiniciando o ciclo.

A principal forma de prevenção é por meio do saneamento básico. Deve-se também evitar ao máximo o contato com águas poluídas e com a presença de caramujos. Outras medidas incluem:

  • Controle de caramujos;
  • Tratamento de rios e lagos;
  • Investimento em educação sanitária;
  • A utilização de equipamentos de proteção, caso precise entrar em contato com águas que possam estar infectadas.
Quais São os Sintomas Da Doença ?

Na maioria dos casos, a esquistossomose é assintomática. Porém, à medida que o parasita se espalha, é possível notar o aparecimento dos sintomas.

Além disso, quando a esquistossomose atinge a circulação do fígado, também conhecida como circulação portal, sintomas mais graves podem ser observados, como alteração dos batimentos cardíacos, aumento e endurecimento do fígado, e aumento do baço.

Durante a doença, pode surgir:

  • Vermelhidão e coceira no local por onde o parasita entrou;
  • Dor muscular;
  • Inchaço da barriga, também conhecido como “barriga d’água”;
  • Febre;
  • Fraqueza;
  • Perda de Apetite;
  • Diarreia ou Prisão de Ventre;
  • Presença de sangue nas fezes;
  • Enjoo e vômito;
  • Dor e desconforto abdominal 
Como Diagnosticar a Esquistossomose?

Devido à ausência de sintomas específicos, os exames laboratoriais são necessários para o diagnóstico definitivo da esquistossomose. No entanto, informações sobre o histórico de saúde do paciente, sua origem e local de residência são muito úteis para ajudar no diagnóstico.

O exame de fezes é o mais comum para identificar a doença, e a técnica mais utilizada é a de Kato-Katz, que permite contar a quantidade de ovos por grama de fezes. Isso ajuda a avaliar a intensidade da infecção e a eficácia do tratamento.

No caso da dermatite cercariana, é importante diferenciá-la de outras doenças com erupções cutâneas, assim como de dermatites causadas por larvas de geo-helmintos. Nas formas agudas da doença, é necessário distinguir entre esquistossomose, malária e doença de Chagas.

Também é importante fazer a diferenciação entre esquistossomose e hepatites virais, além da febre tifoide. Nas formas crônicas, conhecidas como “barriga d’água”, é preciso diferenciar a esquistossomose de condições como calazar, leucemia, linfomas e cirrose.

Tem Tratamento?

Remédios antiparasitários eliminam o verme do corpo. Geralmente o indivíduo se recupera em casa.  Casos mais graves, entretanto, precisam de internação e até cirurgias.

O diagnóstico precoce, aqui, é fundamental. Se no princípio a esquistossomose não provoca tantos estragos, com o passar do tempo ela vai abalando diferentes órgãos, do fígado ao pulmão. A doença também está por trás de alguns casos de câncer de bexiga.

De Acordo com o Ministério da Saúde, Mais de Um Milhão de pessoas Vivem em Áreas com Alto Risco de Contaminação

No Brasil, cerca de 1,5 milhão de pessoas que vivem em áreas de risco são afetadas pela esquistossomose, uma doença considerada endêmica. As regiões mais afetadas são o Nordeste e alguns estados do Sudeste, como Minas Gerais e Espírito Santo. Mas por que essa doença, também conhecida como barriga d’água, continua a ser um problema? O principal motivo é a presença do caramujo, que é difícil de eliminar. Portanto, é essencial investir em saneamento.

É crucial combinar esse ponto com a identificação e o tratamento dos portadores, além do controle do caramujo.

No Brasil, apenas 53,2% têm acesso a uma rede de esgoto, e somente 46,3% do esgoto gerado recebe tratamento.

Embora o saneamento seja fundamental, ele sozinho não resolve o problema. Um professor de saúde pública afirmou que na década de 1950, esforços foram feitos para eliminar o caramujo usando sulfato de cobre nas águas, mas esse metal pesado permanece por muito tempo. Outra alternativa é o uso de venenos em pó, mas isso causa grandes impactos ambientais. É necessário encontrar uma substância que mate apenas o caramujo, sem prejudicar o meio ambiente.

Como o APP Vid pode ajudar

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